XVI
Eu poderia ter agarrado aquele volume estufando no tecido do short e feito a festa! Mas sem o álcool no sangue aquilo parecia muito errado e arriscado também.
– Você tá doido, – eu disse – aliás você não é hetero?
Eu corri para dentro de casa morrendo de medo que vissem aquela cena “chega a ser hilário depois de ter um vídeo pornográfico caseiro na rede!”. Juarez veio trás de mim subindo os degraus de casa e puxou meu antebraço.
– Que desgraça! – ele exclamou rindo – o que uma cosia tem a ver com a outra?
– Tem tudo – eu disse
– Qual foi? O meu é grande também ô.
Juarez abaixou o cós do short junto com a cueca e a penugem pubiana rente a pele sobre o pau com uma veia saltada e o prepúcio ainda cobrindo a cabeça fizeram minha boca salivar.
– É melhor não… – insisti.
– Qual é?! – ele encostou em mim e eu bati na parede do corredor. – Dá essa moral, numa boa…
Juarez travou minha passagem apoiando os cotovelos ao lado da minha cabeça na parede e o seu pau por cima da roupa amassado contra minha perna, tentei afastar e acabei segurando. O pau dele estremeceu debaixo da minha mão.
– Isso não tá certo – respondi mole – e se alguém nós vir.
Eu olhava para baixo enquanto dizia isso tentado a ajoelhar ali mesmo e cair de boca mesmo com o cuzinho todo esfolado por causa do dia anterior. Juarez aproximou os lábios da minha orelha e disse baixinho:
– Tá de sacanagem que se preocupa com isso? – e completou – Trairagem sua não abrir pros de casa antes.
Eu achei uma petulância da parte dele. Mas uma petulância canalha de garoto safado que fez os pelinhos da minha nuca armarem-se como aquele pau armando-se contra a minha mão.
– Eu não estou entendendo nada – murmurei – você não é hetero?
– Chupa logo – ele mandou – vi o vídeo e fiquei galhudão nessa sua boca de chupeta, pensei, qual é, o viadinho mora debaixo do nosso teto. E os macho de fora vão estrear esse rabo e bocaceta! Desgraça nenhuma!
Eu soltei uma risadinha cúmplice:
– Bocaceta é?
– É irmãozinho porque pra aguentar aquelas chalapadas na goela – e arfou – tem que ter uma boceta no lugar da boca.
A baba que o pau dele soltava melecou um pouco a minha mão.
– Tá mas só dessa vez… – nem eu acreditava nisso.
Juarez fez força nos meus ombros e eu deslizei pela parede até a altura do centro das pernas dele. Eu passei a língua no pré-gozo na minha mão.
– Safado…
Ele aproximou a pélvis do meu rosto e a sua tromba de elefante que era pendida como um calho prestes a quebrar no talo, sobre as bolas grandes e pesadas entre as coxas forçando o cós do short.
– Isso é irreal – sussurrei encarando a cabeçorra a um palmo do meu nariz.
Eu abaixei para encaixar a cabeça nos meus lábios porque estava saindo a metade ainda com o prepúcio em volta. A veia saltada vinha até próximo a cabeça e o pau dele era moreno como ele e bem reto mas distendido para frente.
Eu mamei molemente mas Juarez fez força e meteu mais dentro da minha boca. Ele assumiu o comando e segurando minha cabeça fodeu minha goela.
Eu olhava para sua cara de satisfação enquanto ele via o caralho sumindo dentro da minha garganta.
O miserável forçou uma garganta profunda mas seu caralho era grande demais para eu conseguir engolir tudo e só foi até a metade.
– Quer me matar – reclamei com os olhos cheios de água e sem respiração.
Ele aproximou e forçou minha boca eu abri e ele voltou a fodê-la ignorando as minhas mãos forçando suas coxas para trás. Juarez me prensou na parede e quase montou na minha cara tão próximos estávamos.
Eu gozei na minha roupa mesmo. Mas o caralho do cara ainda tinha vida e força. Eu não sei quantos minutos gastamos naquilo mas sei que meu queixo estava deslocado quando ele esporrou na minha goela.
– Ah! Ah! Ah! – ele exclamou.
A porra escorreu por meu queixo e melecou meu pescoço até a gola da minha camisa. Eu o sentia mole no meu rosto e ainda vi que o pau besuntado de Juarez ainda golfava porra pra fora.
O escroto limpou a gala na minha cara!
Mas eu não tenho direito de reclamar tinha melado a cueca inteira e gozado sem nem me tocar.
– Depois a gente termina isso – ele disse e guardou o pau – tá chegando gente aí. Valeu Yuri! Aliviou legal!
Ele deu uns soquinhos no ar e se afastou em direção ao quarto. Eu permaneci com a cara melada de porra tentando recuperar a dignidade. Tomei banho, vesti roupas limpas e dormi durante a tarde.
Juarez sumiu nos dias seguintes da semana e o Pedro ficava olhando para mim com um risinho safado. Fabrício nem na minha cara olhava e Betão parecia um morto vivo.
Maicon foi a primeira pessoa que eu encontrei quando cheguei meia hora atrasado na faculdade.
– Malandrinho, – ele disse – você me arranjou um problemão com meu primo.
– Foi mal, – eu disse – estou péssimo por causa daquilo.
– Cara você foi meio irresponsável.
– Nem me fale.
– O pessoal espalhou teu vídeo no mesmo dia, – ele se aproximou mais – você já viu?
Eu sacodi a cabeça. O assunto na republica era os testes positivos do Betão que testou positivo para três DSTs diferentes entre elas a clamídia. Era constante agora chuva de ovos lançados na fachada da casa e no passeio.
As mulheres para quem ele havia transmitido as doenças não davam sossego e faziam questão de parar na porta da republica e xingar, lançar ovos, tomates podres, e até uma pichação fizeram.
– Eu não quero ver isso – falei irritado – foi coisa de bêbado, quando eu bebo saio de mim.
Ele mostrou mesmo assim minha cara estava explícita mas a do policial não, colocaram uma censura.
– Você e o Adriano – ele sorriu – aliás obrigado, me livrou de um chato imenso, chato gostoso.
– Ele deixou de te atazanar?
– É, mais ou menos – ele suspirou – lembra que te disse que eu tinha prometido. O lance da virgindade.
– Sim, sim.
Andávamos pelos corredores da faculdade recebendo alguns olhares e cochichos mas estar ao lado de um amigo arrefecia bastante a vergonha e o constrangimento. Maicon continuou a falar:
– Pois então, agora quando ele fala nisso eu uso o que aconteceu entre vocês para afastar ele dessa ideia.
– Eu tenho pavor de encontrar com o Silverback novamente, pavor…
– Mas gostou de montar o cara né safado?
– Eu estava bêbado Maicon, entenda, bêbado.
Eu tinha gostado mesmo o cara era um puta gostoso e escorregar naquela verga tinha sido incrível de gostoso.
– Chegamos – ele disse – essa aí é a tua turma.
Eu respirei fundo me sentindo no primeiro dia do primeiro ano do ensino fundamental.