A Lagoa AZUL – Cap. 03

03º CAPÍTULO

Querido diário tem horas que penso que o nome da vida era pra ser problema, por que sempre surgem e é justamente quando menos se espera, por mais que me esforçava pra entender essa situação, ela não entrava na minha cabeça eu me encontrava despreparado para lidar com tudo aquilo e me perguntava porquê ?

-Aonde tu vai cara??

-Pra um lugar longe de você…

-Não, espera…

E fui correndo pra dentro da mata, ele veio logo atrás correndo.

-Para, volta aqui…

-Me deixa em paz, já disse.

-Não vou…

-Volta aqui!

E sem prestar atenção numa raiz que se encontrava ali eu tropecei caindo, e ele veio logo em seguida caindo em cima de mim, ficando cara a cara, nossos rostos estavamos próximos e fiquei parado sem reação alguma e ele imóvel, ficamos nos olhando por alguns minutos…

-Ouu que olhar é esse pro meu lado? (irritado)

Ele se levantou se virando de costas e eu continuava jogado no chão, olhando pra cima…

-Eu que pergunto o mesmo… Tentei irrita-lo.

-Acha mesmo que eu estava trocando olhares contigo? (sorrindo).

-Se está achando isso é por quer estava olhando pra mim também. (me sentei).

Ele apenas deu uma gargalhada debochada.

-Hahahaha eu olhando pra ti um viadinho??? Não me faça ri.

Sair dando-lhe as costas irritado.

-Eu vou vomitar…

-Cuidado pra não botar tudo pra fora (risos).

-Tu é um idiota cara, uma especie especial de babaca…

Sair deixando ele só, que veio logo atrás de mim.

-Eu tô brincando, vem cá pow…

-O que tu quer hem?? Já me humilhou naquele cruzeiro, já me culpou por está nessa ilha idiota, já teve preconceito por eu ser gay, agora o que tu quer comigo?? (alterado).

-Ta muito esquentadinho, calminha aew…

-Calminha aew??? Deve ser muito fácil pra ti isso, mas pra mim não é.

Ele ficou em silêncio e abaixou a cabeça sem revidar nada e eu continue caminhando, ele ficou um pouco parado, mais veio me seguindo e eu não olhava pra trás, estava muito magoado e ainda não sabia direito o que fazer e que decisão tomar, estava sem rumo e poderia me considerar sozinho já que minha única companhia era um cara metido, preconceituoso e arrogante, que não media esforços em me humilhar, parece que minha boa fase estava voltando e com tudo.

Eu andava sem rumo naquela ilha e quando dei conta ele ainda me seguia.

– Eu posso saber por quer me segue?

Ele deu um sorriso perfeito exibindo aqueles dentes brancos, aquilo só faltou me matar de raiva.

– Só tem tu aqui na ilha, é melhor do que ficar sozinho.

-Ah é mesmo? Eu já prefiro ficar sozinho do que com… Com um cara como você. Garguejei.

Ele se sentou num tronco.

– Também não exagera, já me viu sem camisa?

Ele falou aquilo cheio de si.

– Ah que patético…Não vi e não me interessa. Dei as costas a ele em um tom sério.

– Não e não, eu sou um cara bonito, gostoso e rico, qualquer pessoa iria gostar da minha companhia.

– Eh pode até ser, mas eu não…

-Tem certeza?

Não respondi e ele continuo.

– Olha foi mal pow, só tem eu e tu aqui e a gente tinha era que se unir…

– Falou do verbo ter!! Tinhaaaa…

– Que viado difícil, puta que pariu…

Eu olhei pra ele com mais raiva ainda.

– Aew eu não queria dizer isso…

– Vai pro inferno!!!

Dessa vez eu sair de novo entrando pela mata que não deu tempo dele me seguir, parei de correr e fui caminhando ainda rápido com o coração acelerado, respiração ofegante, sentia raiva.

– Que riquinho insuportável!!

Parei me encostando em uma árvore, muito cansado, sentia o estômago roncar.

– Meu Deus que fome!!

Olhei para os lados e ha vistei uma bananeira com dois cachos carregados. Eram bananas e estavam amareladas evidenciando que estavam maduras. Sorrir de alegria.

– Oh meu Deus obrigado!!

Peguei uma pedra com ponta e tentei cortar já que não era tão alta, e não tinha faca, com dificuldade conseguir arrancar os dois caindo sobre o meu corpo me levando ao chão..

-Ai que desastrado que eu sou meu Deus Tupi Guarani, como diz a Cléo (sorrindo). Saudades dessa doida…

Com dificuldade eu fui arrastando os dois, eu sei que o riquinho não merecia mais eu não conseguia ser ruim com ninguém por mas que fossem comigo, assim que me aproximei vi uma cena que não era pra agora…

-Nossa!!!

Ele estava apenas de cueca estirado sobre umas folhas tomando um banho de sol. Seu corpo todo definido era um convite pro tesão… Surgir com os cachos arrastando e assim que ouviu o barulho ele se levantou e me olhou sorrindo.

– Ah tu voltou…E trouxe comida.

– Caso não saiba essa ilha não é sua, e posso ir pra onde quiser.

– Tudo bem, Mas tu em gosta de uma banana (risos).

– Olha eu não te dei nenhuma intimidade pra vim com esses comentários ridículos pra cima de mim.

– Por quer eu ainda não te dei, tenho certeza que tu dava pra mim (risos) Como eu não sou nenhum viado, tu vai ficar só na vontade hehe.

-Não eu não ouvir o que tu disse, não ouvir (gritei de raiva).

-Ouviu muito bem, ou a água do mar te deixou surdo?

-Cala a tua boca idiota, eu nem sei por quer ainda fico me importando contigo, já provou mesmo ser um cara mesquinho e preconceituoso que nunca vai mudar.

– Ta na cara que quer ter algo comigo e não quer assumir… Vai assume de uma vez que ta louco pra mim te fuder!!

Eu não me aguentei nessa hora e levei a mão em seu rosto, foi forte que fez um barulho. Ele contínuo virado o rosto e assim que me olhou me encarou com um olhar de ódio.

– Ninguém toca em mim… Ninguém. Seu seblante era de puro ódio, o Marcelo ficou descontrolado.

– Eu deveria te dar era um soco seu asqueroso..

– Eh isso vai ser eu que vou fazer…

Ele veio se aproximando, parecia um touro.

– Eu não tenho medo de você seu metido. Falei aquilo me afastando dele.

– Eu vou te quebrar viadinho…

– Só se me pegar…

Eu comecei a correr pra dentro da mata de novo e ele veio logo atrás, não estava com medo só queria irrita-lo ainda mais..

– Volta aqui.. (Gritou).

– Só se me pegar (risos), não vai conseguir, tu e um babaca, manésão.

Comecei a deixa-lo ainda mais com raiva enquanto corria pela mata desconhecida.

– Eu vou acabar contigo viadinho, vou acabar com tua raça. Ele gritou desesperado, e estava furioso.

A gente veio correndo sem parar, e olho pra trás sorrindo.

– Não vai conseguir idiota, hahaha (rindo).

Eu não percebi que o chão era arenoso, e quando vi acabei escorregando, e sair rolando pelas raízes e gritei desesperado rolando uma ladeira caindo no chão e todo meu corpo doía, meu corpo se chocou ao chão provocando um forte barulho e ali caído gemi de dores.

– Aiai (gritando) Ta doendo, ta doendo!!

Ele surgiu lá de cima.

– Aew ta tudo bem ai?

Não respondi devido a dor que sentia, coloco a mão no meu tornozelo e a dor era insuportável.

– Como doí, como (gritei chorando).

E quando a gente acha que as coisas podem piorar, elas podem.

– Não!!! Não pode ser.

Comecei a chorar pela dor que eu sentia e pela imensa cobra que me encarava e era daquelas venenosas.

– Me ajuda meu Deus… Supliquei chorando. Estava perdido.

CONTINUA.

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