O filho de Sandra saiu pra quadra de voleibol, deixando as amigas a sós.
Entre um uísque e alguns petiscos elas compartilhavam seus álbuns de memórias.
– Sabe o Paulo “virjão”? Depois daquela “coisa” que fizemos com ele, a sua vida mudou pra melhor. Ele passou a cuidar da aparência, higiene e virou “hit” entre as mulheres. Ele namorou várias garotas legais.
Sandra mostrou com orgulho fotos da empresa em que trabalha e de seus colaboradores. Ficou apontando nomes e o que cada um faz.
– Esse é o Programador dos robôs, o outro do lado é mecânico e aquela moça é responsável pelo Planejamento.
– E aquela de verde do lado daquela máquina? – Perguntou Paula.
– É a orçamentista, trabalha comigo há muito tempo. – respondeu Sandra.
– Magra, delicada, hum. Confessa que você já pegou ela. – disse Paula.
– Ah, não. – desmentiu Sandra. Ela é casada com aquele cara que eu mostrei mais cedo.
– Sei, como se eu não te conhecesse… – ironizou Paula.
– Você pode não acreditar, mas depois de você, eu nunca mais senti atração por mulher alguma. – afirmou Sandra.
Depois de alguns minutos em silêncio, tomaram mais um gole de uísque. Paula mostrou fotos antigas que ela digitalizou.
– Essa foto foi daquele show na faculdade, essa outra foi no meu aniversário e você estava brava… Essa outra foi na sua casa, antes do jogo, estávamos com as camisas de nossos times, era a final do Estadual. Foi a primeira vez que nós… Nesse momento Paula interrompeu a frase ao perceber que disse uma besteira.
– Nós o que? – Provocou Sandra.
– Transamos. – disse Paula constrangida.
Muitas memórias e gargalhadas depois, Paula tocou em um assunto complicado: seu casamento. Disse da frustração de um projeto de vida, de uma família perfeita e o sonho de uma velhice tranquila terminando de forma melancólica. Sandra enxugou uma gota de lágrima do rosto da amiga, consolando-a. Em seguida, se beijaram e a temperatura elevou-se. O tesão foi potencializado pelo amor e parceria em todos os sentidos. Algo mais forte. Paula tocou nos peitos da amiga, Sandra foi apalpando o lindo corpo da amiga, reconhecendo cada detalhe que ela conhecia bem e ansiosa para reviver todas as deliciosas e diferentes sensações que ela jamais terá com homem. Dedilhou a virilha e percebeu que estava lisinha, certamente foi renovada há poucas horas antes.
– Safada, você sabia que ia rolar. – afirmou Sandra.
Uma foi tirando a roupa da outra sem a ansiedade da juventude. Elas estavam contemplando e apreciando cada detalhe, sentindo a respiração e a leveza do toque, coisas que só a maturidade proporciona.
Posicionaram-se para um confortável 69. Paula enfiava um dedo na buceta da amiga estimulando-a a liberar seu “mel” que era absorvido imediatamente. Sandra apenas lambia com movimentos delicados e somente nas bordas, sem aprofundar, a parte mais sensível da xota.
Trocaram de posições, esfregando, beijando. Uma transa muito melhor do que dos velhos tempos. Agora é mais intenso e tem mais sentimento, uma combinação perfeita e rara hoje em dia.
Depois de uma transa maravilhosa, elas abriram um vinho e começaram a conversar.
– Eu estou preocupada com meu filho. Ele tem um gênio difícil. – continuou Sandra. Ele é bonito, inteligente, mas não consegue firmar-se em uma relação. A última namorada dele, por exemplo. Ela é uma pessoa maravilhosa e compreensiva. Mas ele é muito arrogante e autoritário. Chegou um momento que ela não aguentou mais e terminou com ele.
– Ele puxou a mãe. – comentou Paula.
Sandra não gostou da observação da amiga, mas sabe que ela mesma é intragável.
– Eu não me arrependo da vida que eu escolhi, mas gostaria que ele tivesse um futuro diferente. Que busque amor, encontre uma moça bacana, forme uma família. – desabafou Sandra.
– Eu sou mãe de três filhos. Eu tenho propriedade pra falar. O Cláudio é um caso típico de menino mimado. Nunca teve alguém para lhe impor limites. – disse Paula.
– E você acha que ele vai encontrar uma mulher para fazê-lo? – Sandra disse, em tom cético.
– Eu me habilito. – surpreendeu Paula com sua resposta.
– Paula, não dá. Primeiro, que você não tem paciência com rapazes folgados. Em segundo lugar, Cláudio não gosta de mulheres mais velhas que ele, nem quando a diferença é de poucos meses. – disse Sandra.
– Pois eu vou conseguir, vou deixá-lo de joelhos. Assim ele vai aprender como tratar bem uma mulher. Vai uma apostinha em nome dos bons tempos? – propos Paula.
– Vamos fazer o seguinte. Se você perder, paga a última parcela de meu carro. Se você não conseguir dar pra ele em dez dias, você paga meu boleto. – Sandra propôs compartilhando o documento.
– E eu tenho um cruzeiro no final de ano que eu quero ir na férias. Se eu vencer, você paga pra mim. – retrucou Paula, compartilhando seu boleto.
Aposta feita, resta a Paula planejar como vai fazer isso. E ela está motivada como nunca.